Mais um ano está a chegar!
Renovam-se todos os votos de felicidade, prosperidade, amor, dinheiro, paz, eu sei lá...
Todos os anos é a mesma coisa, esperança, esperança e mais esperança.
Por uma vez esquecemo-nos do tão conhecido fatalismo português e, ainda que a fingir, acreditamos que o melhor é possível.
Diz-nos a nossa história, que isto do acreditar e da esperança num futuro melhor, já vem de longe, 1143, 1384, 1640, 1910 e 1974, são alguns exemplos.
Passada a euforia, tudo regressa ao normal com os que sempre estiveram por cima a lá continuarem, mesmo que para tanto tenham de recorrer ao apoio governamental.
É o exemplo dos nossos banqueiros. Em 1975, o governo de então, nacionalizou os bancos. Lá pelo final dos anos 80, princípio dos 90, devolveram-lhes os bancos e indemnizaram-nos pelos prejuízos causados. Agora voltam a nacionalizar, por falta de cabeça dos mesmos banqueiros.
Relativamente aos que sempre andaram pela mó de baixo, esses lá continuam. E acreditem, não faltará muito para lhes virem pedir mais um esforço para ajudarem a pagar as custas da ajuda aos senhores de cima.
Resta-nos a esperança... o resto já só a murro.