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Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2010

ORÇAMENTO DE ESTADO - 2010

Nem sempre as coisas são como nós queremos. Isso não é novidade, mas a falta de qualquer mudança e sempre, mas sempre, mais do mesmo, já chateia. Podem crer!

Tenho absoluta consciência das sérias dificuldades em que o nosso País se encontra. Tão pouco me custa a aceitar que grande parte dos políticos que têm liderado os destinos deste cantinho da europa, não tiveram categoria, governaram para a fotografia, criando a falsa ideia de só existem direitos e quanto a obrigações, não vale a pena chatear-nos. Isso é para os outros.

Sempre que precisavem de caçar mais votos, ou desviar atenções de mais algumas sérias evidências de corrupção, toca a criar mais facilidades, mais direitos, mais ajudas, como se de ricos se tratasse. Para mais, o dar alguma coisa, para além de sossegar o pessoal, sempre dava para desviar umas percentagenzinhas em proveito próprio.

Assim foi criada uma sociedade em que a justeza dum rendimento mínimo garantido, derivou para garantia de rendimento vitalício para quem nunca trabalhou, nem pensa alguma vez vir a fazê-lo.

A necessidade de transmitir para o exterior um povo com elevado nível de escolaridade, deu-nos "doutores" e "engenheiros" que não sabem ler e escrever a sua própria língua. Nalguns casos, já nem os professores que os ensinaram o sabem.

Criaram-se também sentimentos de impunidade tal que, ninguém se preocupa em cumprir com as suas obrigações, seguros que daí nada resulta contra si.

A criação de leis à vontade do freguês, sem medir as envolvências e consequências, levaram a que os juízes já não julguem ninguém e deixem acumular os processos, à espera que saia uma amnistia. Alguns funcionários judiciais, vão fazendo algum dinheirito extra, com a venda de escutas e "segredos" de justiça.

Entretanto os jornalistas que se dizem sérios, publicam e escondem a identidade dos infractores, em nome do direito de informar.

OH DA GUARDA, grita-se agora. O "guito" está a acabar. Para piorar ainda mais as coisas, alguns banqueiros sem escrúpulos, obrigam-nos a gastar mais uns milhões para compensar e sossegar alguns aprendizes de especuladores.

Quem paga? Claro! O Zé Povinho que já o Bordalo Pinheiro tão bem retratou.

Não há problema, eles sabem que o Zé amocha, abaixa-se, mesmo sabendo que mais se lhe vê o dito cujo.

Às vezes resulta em violência...  

 

 

sinto-me: Claro
publicado por A VER NAVIOS às 18:08
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