Não quero deixar de assinalar esta data, já com 40 anos, que revelou a coragem de alguns dos nossos estudantes e a extrema necessidade de revolta contra o "status-quo".
Como era normal naquele tempo esta movimentação, seguiu-se ao ocorrido em França em Maio do ano anterior.
Foi também uma especie de "segunda parte" da crise de 1962.
Naquele tempo as coisas demoravam um pouco mais a chegar cá. Ainda não havia a chamada "aldeia global".
Como hoje se diz, esta revolta poderá ter sido uma espécie de preâmbulo do 25 de Abril, que se viria a registar cinco anos depois.
Pena é que o esforço destes jovens, hoje sexagenários, não tenha tido o desenvolvimento pretendido e o Portugal democrático, tão mal tenha tratado o ensino nos últimos 35 anos e, consequentemente, perspectivando futuras gerações com graves problemas de cultura e de identidade, que seguramente terão um preço elevado a pagar, pelos mesmos de sempre.
Mais uma vez este País ficará a marcar passo, desperdiçando mais uma excelente oportunidade de se colocar numa melhor posição no contexto internacional.
Mais uma vez... será sina?
Não acredito!