Tenho de afirmar que nestas coisas das chamadas redes sociais, sou um azelha completo.
Lá me convenceram a inscrever-me no Facebook, mas como não sei fazer nada, limito-me a responder sim ou não, aos pedidos para novos amigos, sempre e quando conheço, ou não, os autores dos convites. Mais nada!
Tendo porém amigos e familiares que são craques no facebook, soube que há "quintas" para cuidar e, mesmo quem não é capaz de se chegar a um quintal, para não sujar os sapatos, tem agora dias ocupadíssimos a cuidar de "quintas" virtuais, embora que com o seu desconhecimento da matéria, possam inadvertidamente, tirar o leite às galinhas e os ovos aos coelhos.
Há dias estava com familiares e fiquei atónito quando um deles, alarmado, transmitiu ao grupo, que se tinha esquecido de dar água ao cão.
O meu espanto vinha do facto de saber que ele não tinha cão nenhum e, consequentemente, admitir que se tinha passado.
Pouco depois soube que estava a falar da sua "quinta" virtual do facebook, embora a sua preocupação fosse real, como se a tal "quinta" também o fosse.
Disse-me depois que nessa tal "quinta" ele tinha cavalos, vacas, porcos, ovelhas, perus, galinhas, etc.
Esta agora, pensei eu. Este gajo, preocupado com tudo isto, passou-se, só pode ser...
Entretanto acalmei, porque percebi que esta pode ser uma solução para a crise que se atravessa. Tanta carne para dar de comer ao pessoal, pode dar um jeitão do caraças.
Virtual, é certo, mas afinal não são também virtuais as soluções que se procuram para resolver a crise?
Então bate a bota com a perdigota e assim com um só pau, matam-se dois coelhos.
Fica tudo em festa e há muito trabalhinho para todos.
Mais uma vez virtual, é verdade, mas ocupa e convence.
Ai...ai...