A VER NAVIOS

A situação de férias forçadas em que me encontro (baixa médica, após intervenção cirúrgica) vem-me causando alguma estranheza, chegando a sentir-me algo parecido a peixe fora de água.

Habituado como estava a ritmos diários de 12 a 13 horas de trabalho, vejo-me agora numa situação de olhar para o lado e não saber como ocupar o tempo. Não por falta de coisas para fazer. Todos nós quando trabalhamos, vamos deixando algo que queremos fazer, mas para o qual necessitamos do tempo de que não dispomos. Só que a minha débil situação física, não me permite sequer pensar em algumas dessas pretensões.

Depois, também é estranho ter tantas horas para estar em casa.

Em contrapartida, tenho as novas tecnologias (acesso aos mails do trabalho, tomando assim conhecimento de algumas situações e podendo despachar outras), para além do campeonato de mundo de futebol que decorre na África do Sul, com transmissão de 3 partidas diárias.

Dou comigo a pensar em quantos gostariam de estar no meu lugar para ver o campeonato, enquanto eu com livre e previlegiado acesso, já vou deitando futebol pelos olhos, embora seja um dos meus amores.

Nunca está tudo bem, há sempre algo que deveria estar de outra forma, mas sobre isto não vale a pena falar agora, até porque de estranho já não tem nada.