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Sábado, 10 de Setembro de 2011

ARRE PORRA QUE É DEMAIS

O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU

 

Creio que foi o saudoso capitão Salgueiro Maia, que com toda a sua honestidade e clarividência, disse um dia: “Há o estado capitalista, o estado comunista e o estado a que isto chegou”.

É sobre este último, em que vivemos, que eu me quero hoje pronunciar.

Eu sei que nas últimas décadas tivemos políticos sem escrúpulos que se rodearam de amigos, colocando-os em postos chave do aparelho do poder, esvaziando os cofres do País na mesma proporção em que os seus se iam enchendo.

Eu sei que alguns desses políticos, após saírem dos cargos governativos se tornaram banqueiros, enchendo-se de dinheiro com todo despudor, proporcionando lucros imorais aos seus amigos, resultantes de “negócios” e jogadas nada sérias.

Eu sei que alguns destes estão hoje nos mais altos cargos do estado, sem qualquer vergonha e mostrando-se muito zangados quando alguém lhes relembra esses processos de enriquecimento. Eu sei que outros tiveram de se ausentar temporariamente do País, quando sentiram que as águas estavam muito agitadas, mas que hoje já estão de volta, passeando-se livremente, como se nada se tivesse passado.

Eu sei que muitos destes banqueiros, utilizando publicidade enganosa, vendendo-lhes caro o dinheiro que conseguiam barato, convenceram os pobres de que poderiam viver como os ricos, comprando casas, gozando férias em locais paradisíacos e comprando artigos de luxo,.

Eu sei que, tal como há muito era previsível, isto deu a volta, a falta do dinheiro desaparecido veio a lume, descobrindo-se o buraco. Que muitos dos que ingénua ou levianamente, tinham sido convencidos que o dinheiro era fácil, se aperceberam que o seu pagamento era difícil e em muitos casos impossível.

Daí novos buracos foram aparecendo até que se concluiu que temos afinal um buracão, cujo tamanho verdadeiro ninguém conhece.

Mas… permitam-me que pergunte: o que é que eu tenho a ver com isto tudo?

Afinal, comecei a trabalhar com uma idade em que os jovens de hoje, são chamados de meninos. Trabalho há 40 anos. Fiz todos os meus descontos que foram sagradamente entregues ao estado, confiei-lhes outros descontos para que me devolvesse uma parte na minha velhice, sob o nome de reforma.

Eduquei os meus filhos de forma que, também eles trabalhassem e honestamente continuassem a contribuir para o crescimento solidário e sustentado do País.

Agora que os governantes descobriram que não há dinheiro que o buracão que criaram, é às pessoas como eu que estão a apertar a dorida teta, tentando tirar o pouco que resta, permitindo que todos os culpados continuem impunemente no bem bom.

E ainda nos ameaçam que se manifestarmos o nosso descontentamento, ainda será pior.

Arre porra que é demais. Não sei se aguento.

sinto-me:
publicado por A VER NAVIOS às 17:45
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