Esta manhã subi a Avenida Lourenço Peixinho em Aveiro o que devo confessar, não faço muitas vezes.
Para quem não conhece, é a principal avenida de Aveiro, que liga as pontes à estação de caminho de ferro, sendo também a mais central e, consequentemente, a mais comercial.
Senti-me constrangido. Casas abandonadas, andares e andares não habitados, casas apalaçadas com as frentes em ruínas, em muitos casos com cartazes diversos a taparem males maiores.
Para piorar as coisas, apercebi-me da quantidades de lojas que vão fechando progressivamente. Se nalguns casos se trata de comércio tradicional que não se soube adaptar aos novos tempos, sendo esperado tal desfecho, outros há em que se trata de lojas com poucos anos, ou mesmo alguns meses, muitas situações de "franshising", lojas modernas, perspectivando resultados positivos e vida mais ou menos prolongada.
Não sou, não fui, nem quero ser racista ou xenófobo, mas é para mim de difícil entendimento que em muitos casos, estas lojas sejam substutuídas por comércios chineses, ou indianos, de horário intensivo, sem feriados ou fins de semana, empregados portugueses, ou cumprimento de contratos, ou leis laborais.
Sei que o fenómeno não é português. Com menor, ou maior importância, regista-se por essa europa fora.
Por isso mesmo pergunto: Em face da sua dimensão e progressivo crescimento, não será tempo de estudar este fenómeno a sério e tentar contê-lo?
Será que o nosso futuro está nos produtos de péssima qualidade, fabricados por crianças a troco de uma malga de arroz?
Não acredito que o florescimento destas lojas a cada canto, resulte apenas no nosso altruismo de querermos ajudar os "coitadinhos" dos "pobres" do oriente.
Sei que este post poderá ser polémico. Não é essa a minha intenção. Mas ficaria muito satisfeito e pelo menos ele servir para alguma reflexão.