A pedido da família e testanto a minha débil capacidade física, anui ontem a ir a Santa Joana a algo que me disseram ser: o desfile das marchas populares do Centro Infantil local.
A razão da ida prendia-se com o facto de um dos meus netos ser um dos marchantes.
Devo dizer que a disposição não era a melhor, até porque me comecei a sentir cansado e com algumas dores, resistindo ao pedido de regressar a casa, até para não estragar a festa aos restantes.
Porém, a partir de determinado momento, comecei a ter pena das crianças.
Quando deveriam ser estas as grandes protagonistas e ser sem dúvida essa a intenção das suas educadoras, deparei-me com os miudos absorvidos por papás e mamãs a pretenderem protagonismo e satisfação de vontades, restando às crianças o papel de bobos da corte, desfilando envergonhados e olhando para a assistência (que mal conseguiam ver) como que implorando que rapidamente os tirassem dali. O que terão sofrido calculo...
Eu acho sinceramente que no meu tempo de pai de crianças, não fiz estes papéis, mas se calhar até fiz sem me aperceber.
Tenho medo que situações como esta traumatizem as nossas crianças e levem a que no futuro próximo se percam algumas tradições verdadeiramente populares nesta época dos santos com o mesmo nome.
Os paizinhos que dêem algum espaço às suas crianças, principalmente quando estas estão entregues aos educadores. Até porque todos sabemos que esta pressão fora de casa (para inglês ver), não tem correspondência dentro de portas, onde as obrigações com a internet, facebook, etc., não permitem dispensar tempo para aturar o raio dos miúdos, que estão cada vez mais rabujentos. Chiça!!
Ai...Ai...