Às vezes a realidade está bem perto de nós, é dura e brutal, mas tentamos não pensar muito na mesma, iludidos talvez de que assim a mesma não nos afectará.
Falo concretamente do desemprego, estando consciente da sua gravidade e do quão próximo ele pode estar, alheando-se da capacidade, qualidade e dedicação de profissionais que se dedicam ao seu trabalho, como se de uma vocação se tratasse.
Vem isto a propósito de um mail que recebi de uma amiga e antiga colega de trabalho, que foi (e será concerteza) das pessoas mais competentes e dedicadas que conheci ao longo dos quase 40 anos de trabalho da minha vida.
Transmitiu-me na sua missiva, que desta vez lhe tinha tocado a ela e desde o início do mês passado, é mais uma a inscrever-se num centro de emprego, esperançada, que a paragem seja curta.
Que diabo de país e empresários são estes, que se acham suficientemente poderosos para dispensarem activos importantes e reais, face à sua competência e saber de experiência feito.
É verdade que faz o mesmo com jovens licenciados, estes com a agravante de terem custado dinheiro a todos nós, pobres contribuintes para conseguirem a sua não aproveitada formação académica.
Será que é assim que se vai onde estes senhores políticos apregoam?
Estou em crer que não.